Muitas coisas na minha cabeça nesse fim de ano. A vida ficou mais difícil senão me engano. Acompanhando o arquivo do Blog e como desapareço entre as névoas da minha existência, percebi que me abandonei, parei no tempo, ou simplesmente o tempo acelerou tão depressa que não pude parar para respirar um segundo e anotar, anotar tudo o que eu vivi durante esses anos, escrever em tempo real minhas dificuladades e aprendizados, agora, perdidos no tempo infinito, desses dias que, com a minha idade avançando, estão mais pertos de acabar. E eu, assim como todos, de desaparecer nessa imensidão do universo.
segunda-feira, 27 de novembro de 2023
sexta-feira, 26 de maio de 2023
Especiais
Tenho pensado comigo sobre as pessoas especiais que conheci e que saíram da minha vida, percebi o quanto aprendi com elas sobre muitas coisas que eu não conheceria se não fosse por elas.
As despedidas, obviamente, forma tristes e, em seu momento, destruidoras. Destruidoras de muitas crenças e padrões, mas, ao mesmo tempo, confirmação das coisas que não gostaria de vivenciar novamente.
Mesmo que a vida tenha me pregado muitas peças e é óbvio que repeti algumas delas, até aprender novamente a lição: ser eu mesma. Não me perder nas relações e tentar me encaixar onde realmente não me cabe. Isso é um trabalho diário. Somente agora, na idade adulta, estou trabalhando minha aceitação. Estou olhando para todas essas partes de mim, todas essas vidas que vivi. E realmente, tudo se baseia na lição que aprendemos com cada experiência.
Para alguns pode parecer que eu eu não tenho estabilidade, mas para outros sim. Por muito tempo eu me cobrei ter essa estabilidade. Quando, na verdade, ela não existe! É toda uma construção criada na nossa imaginação apenas. O que existe é a flexibilidade, a capacidade de se mover com o vento; a fluidez de se mover como um rio. Estamos todos fluindo no tempo e navegando nas tempestades. A única coisa que podemos escolher é quanto tempo vamos passar nelas, ou suportá-las. E isso não podemos prever, apenas temos que estar preparados para ambas as possibilidades.
Na minha jornada, eu chorei, e chorei muito, mas também ri, e ri muito. Como também me lamentei, me deprimi, mas sempre me levantei, um pouco mais forte de cada obstáculo. Uma coisa é certa, quando chegarmos ao final das nossas vidas, qual história teremos para contar?
Estou vencendo meus medos a cada dia, em algumas partes ele me paralisa, em outras eu consigo caminhar novamente. Acho que encontrei um novo objetivo: amar a mim mesma. Eu sei que isso está bem clichê e que todos estão levantando essa bandeira ultimamente, mas eu estou dizendo de todo o coração mesmo. Essa é uma daquelas situações “falar é fácil, fazer é difícil”, para algumas pessoas vai parecer tão fácil, mas para outras muito difícil. Todos viemos de realidades diferentes e somos moldados diferentes, todas as experiências são distintas, vamos chegar ao mesmo destino independente da velocidade dos passos que damos.
Estou tentando criar menos expectativas, essas são bem deprimentes, pois eu penso muito e com o tempo aprendi a esperar sempre o pior e está sendo todo um processo acreditar que coisas boas também são possíveis. No tempo que eu era criança, todas as minhas expectativas caíram por terra, então comecei a pensar no pior, porque se o melhor acontecer eu ia me sentir mais feliz e se o pior acontecesse eu já o estava esperando mesmo, então era mais fácil suportar.
O que ninguém conta é que isso pode funcionar por um tempo. Depois isso se encrosta e fica mais e mais difícil esperar que algo bom possa acontecer. A gente passa a se lembrar muito mais do que deu errado, do que daquilo que funcionou.
Viver é uma eterna aposta, não sabemos qual vai ser a próxima jogada, sorte ou azar, mas mesmo assim estamos vivendo. É como a sabedoria popular diz: "vinho para aceitar as coisas que não podemos mudar". Hoje quero me amar um pouquinho mais do que ontem e amanhã um pouquinho mais do que hoje. Quem sabe uma hora, essas sabedorias se gravam e se tornam realidade. Em algum momento eu sei que elas vão.
quinta-feira, 27 de abril de 2023
Questionamentos
Todos esses anos tenho pensado nas coisas que eu tenho conquistado. Às vezes parece que não conquistei nada. Apesar de ter tido toda a coragem do mundo para deixar o que eu tinha para trás. Mudar de país não é fácil: aprender tudo de novo, sentir uma saudade que não passa, ficar dividida entre dois mundos e sentir que aos poucos esquecemos nossa língua, nossa identidade, nossa cultura, fundamentalmente quem somos...
Na verdade tudo isso é devaneio, pois aonde quer que estejamos, seremos sempre esse amontoado de coisas que nos perturbam à noite e nos fazem perder o sono. Pensei muitas vezes em voltar e começar tudo do zero, mas essa realidade seria ainda mais difícil, pelo menos na minha cabeça. Depois de ter passado um tempo no Brasil durante a pandemia, comecei a ver novamente todas as coisas que me fizeram com que eu levantasse voo e partisse. Querendo ou não, aqui eu sou idependente e livre para ser quem eu sou.
E quem sou? Apenas um ser confuso como todas as pessoas, que está buscando encontrar seu lugar no mundo e se encontrar no processo. Tenho me conhecido melhor, sei as coisas que já não quero deixar entrar na minha vida, quero seguir caminhando e descobrindo.
O que eu descobri até agora é que somos todos a mesma coisa, mas com interesses diferentes, mas os problemas de relacionamento, com a família e amigos são sempre os mesmos, apenas falados em línguas diferentes. Estamos nos perdendo quando apenas observamos as diferenças que temos, que foi exarcebada com as diferentes crenças do que é certo e errado, as religiões têm grande influência nesse processo, elas nas mãos das pessoas erradas criaram grandes desastres e se disvirtuou de todos os seus ensinamentos de amor e respeito, deixando somente aqueles que demonizam o diferente.
Acho que agora as pessoas estão deixando de seguir esses falsos profetas, mas isso somente será possível quando as pessoas forem ensinadas a pensar e a questionar a nossa sociedade. Com a educação sendo sucateada em quase todos os lugares do mundo, talvez vejamos uma regressão aos valores da Idade Média, uma nova Idade das Trevas que, assim como tudo na espiral da vida, será pior do que a passada. Até a sociedade em que vivemos aprender a quebrar esses ciclos de 200, 500 anos de evolução e desevolução do pensamento, continuaremos vendo os mesmos episódios de altos e baixos da humanidade.
E sinceramente, sinto minha alma cansada desse processo. Parece que somente poucas pessoas conseguem ver o que está acontecendo. O objetivo de todos os livros escritos pela humanidade é evitar que os períodos horríveis da história se repitam. O conhecimento nos foi dado para que possamos nos salvar da nossa extinção. Enquanto continnuarmos cedendo aos desejos da ganância e do poder passando por cima de todos, uma mudança não poderá ser efetiva e um desttino como o de Mad Max ou de qualquer outra ficção científica apocalíptica estará cada vez mais perto.
Sinto que estamos sendo cultivados como o gado, já que do que adianta todo esse poder se não houver alguém para invejá-lo? Todas essas coisas supérfluas somente tem valor quando se temos alguém para presumí-las, para mostrá-las.
A filosofia dos povos indígenas é a correta: somos um só com a natureza. Estamos fazendo mal ao nosso próprio planeta, mas como tudo o que importa é só o capitalismo, irreal e fictício, que hoje nos separa e somente alimenta as ganâncias dos poderosos. Não há um interesse no bem comum nos sistemas políticos, a dualidade que existe dentro da política só serve para alimentar a nossa ilusão de dias melhores, depois das eleições somos oferecidos o circo ao invés do pão e poucos conseguem ver. Perdemos tempo discutindo coisas que não levam a nenhuma solução. Algumas coisas nos são dadas para diminuir a nossa revolta interior. Já chegamos no pico da nossa evolução, agora não seria o momento de dar uma melhor qualidade de vida a todos, para podermos finalmente aproveitar o trabalho feito por todos os nossos ancestrais?
quinta-feira, 6 de abril de 2023
Quanto mais eu penso
Quanto mais eu penso sobre a vida e tudo que estamos passando, todas essas tragédias, aqui, no Brasil e no mundo, que poderiam ser evitadas, que poderiam não existir, são partes do nosso sistema. O sistema necessita desse caos, necessita de manter esse sentimento de pânico para que as pessoas possam ser controladas, aceitem o controle. Isso já foi confirmado por um livro que fala de manipulação das massas, que agora eu esqueci o nome, que faz parte do sistema nazista de ser e que, a princípio, parece inofensivo e depois se transforma em um monstro.
A nossa sociedade está sempre criando essa situação de desespero nas pessoas, seja pela pobreza ou pela violência. Hoje em dia temos mais acesso a informação e está cada vez mais difícil de manter o controle que querem exercer sobre nós através do falso conceito de liberdade.
A verdadeira liberdade para mim é poder estar em contato com o que é real. A natureza é real, a terra é real, plantar o nosso próprio alimento, colher da nossa própria horta. Tudo o que foi perdido quando a gente passou a viver em cidades e a terceirizar esse aspecto real da vida para companhias, grandes latifundios agrários que nos fornecessem esses serviços e receber no conforto de nossas casas.
Fomos convencidos que produzir nossa própria comida é muito trabalhoso e que podemos fazer muito mais com nossas vidas, quando não temos que nos preocupar com o nosso próprio alimento. Vejam como estamos agora, escravos de um sistema, qua nos dita quantas horas temos que trabalhar e o quanto vamos receber para assim podermos pagar por esse produto que é nossa fonte de vida! Pagamos até pela água que é mais necessária ainda para nossa existência!
O conforto das cidades está nos custando caro demais. Eu reconheço que é trabalhoso e às vezes chato viver em um campo sem "nada para fazer", quando pensamos que isso não é importante, esse sentimento cresce ainda mais. Aprendemos a duvidar do que era mais certo, para viver uma vida de "conforto" nas cidades.
Eu cresci numa cidade do interior, e vi que os dois sistemas podem ser vividos, podemos ter o campo e o conforto. O que me faltava nada verdade, era a arte e a cultura, as atividades sociais e o conhecimento. Existia em mim naquele tempo um grande sentimento de que eu era inferior, quando na verdade, o que me faltava era o conhecimento, as atividades culturais: cinema, teatro, pintura. Ter representatividade nas coisas transmitidas pela TV. E esse sentimento de inferioridade até hoje não pude entender de onde vinha.
Eu sentia que estava presa, quando estava livre. O jeito das pessoas se encrustrava em mim e as coisas que eu queria pareciam impossíveis! Acho que existe muita gente que se sente assim hoje em dia, mas tenho visto nas gerações mais novas a capacidade de não absorver tanto essa energia, já que existem mais possibilidades e que existe mais acesso ao conhecimento. E isso é uma ameaça a esse sistema que precisa de cada vez mais pessoas desesperadas. Por isso tantas leis já estabelecidas estão sendo regredidas e parece que o mundo está voltando para idade da pedra.
Os Políticos de todos países estão tendo as mesmas reações e estamos nos tornando países iguais aos países árabes que são tão condenados. Defender os um estado laico onde as convicções pessoais não podem ser usadas para a criação das leis, é única maneira de evitar que voltemos a ser bárbaros. A intolerância nos leva a barbárie, nos leva ao tempo da escravidão, nos leva ao nazismo. É triste ver que o que pensávamos que havia ficado no passado ainda persiste. É da nossa natureza e deve ser trabalhado para que não destrua tudo aquilo de bom que ainda existe, pois existem coisas boas!
Temos apenas que encontrar uma forma de viver em equilíbrio, natureza e civilização humana, homens e mulheres, se quisermos continuar existindo. Nossa sobrevivência depende desse equilíbrio. A raiva e o ódio que eu sinto por tudo o que estamos vivendo, às vezes quer me consumir, mas eu me permito senti-la e deixá-la ir, é um sentimento muito bélico e forte que tem que ser direcionado. Eu sei que eu não posso mudar o que está imposto, eu sei que eu sou um grão, mas o que eu posso fazer é compartilhar o que sinto. Quem sabe isso possa ajudar ainda mais na mudança que tem que acontecer, que eu sei que não será do dia para noite e sim para muitas gerações que estão por vir. Mas se nada for dito, como poderemos mudar?
Temos que parar e refletir sobre o que é real nas nossas vidas. Todo esse sentimento causado pelo modo de como vivemos é muito intenso e tudo que a gente quer é viver anestesiado, da mesma forma que os mendigos na rua fazem quando usam drogas, nós usamos as séries, os stories do celular, os vinhos, as cervejas ou o sexo tudo para esquecer e não sentir o temos dentro do peito. Alguns dias são mais difíceis que o outro, usemos nossa arte para expressar essa dor que sentimos pela perda de conexão com o que realmente importa, quem sabe ajuda a amenizar esse peso.
Boa sorte a todos.
domingo, 12 de março de 2023
Mais uma pessoa com um sonho
Preciso aprender uma nova forma de como viver minha vida. Nesse momento possuo uma grande ansiedade dentro do meu peito e não sei o que fazer com ela. Talvez o fim de tudo já esteja próximo e essa tristeza inexplicável seja por isso. Ou apenas não estou seguindo o que minha alma deseja e caminhando em direção oposta. Ainda não consigo entender o que as pessoas esperam da vida, por que ainda não estamos em paz? Quantas guerras serão necessárias, quantos messias deverão ser enviados para que as pessoas realmente acordem? O recado de amor ao próximo já foi dado! O que mais as pessoas esperam? Principalmente aquelas que já possuem mais que suficiente para sobreviver.
Sometimes I feel that I am just a freckle of snowflake melting under the sun Someone with no time or space Just there Waiting to exi...
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Finalmente encontrei um tempo, para fazer este post, que vem remoendo tanto na minha cabeça! Hoje resolvi falar porque me casei, para só dep...
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Muitas coisas na minha cabeça nesse fim de ano. A vida ficou mais difícil senão me engano. Acompanhando o arquivo do Blog e como desapareço...
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Essa semana finalmente consegui dar entrada na minha carteira de motorista, já que tirei meu social security card, o que foi bem rápido, po...