Ver todos se prepararem para as festividade tem me deixado triste. Comemorar com todos ao lado, conversar e criar novas memórias com os familiares, tem me deixado com certa inveja e mais solitária. Apesar de ter uma nova família agora, os anos distante da minha terra têm pesado agora. E também, estou ficando mais velha, uma jovem senhora idosa, poderia assim dizer. Acho que isso tem tido um efeito mais pesado esse ano. E me questiono uma vez mais, sobre minhas decisões sem pensar nas reais consequências, principalmente a de morar milhares de quilômetros, em outro continente.
Talvez nem seja tudo isso, mas é que de repente, alguns fins de ano parecem mais importantes que outros. Houve outra perda na família e há o anúncio da chegada de um novo bebê, que engraçado é perceber essas coisas. Mas não me programei, acho que tenho que me programar melhor para os finais de ano, para não me sentir assim, tão desgarrada... Esse ano o meu espírito não está tão natalino, estou mais para um grinch. O que quero pra mim? Tento incessantemente perdoar a Rayra jovem que tomou decisões com base na imensa dor que sentia e falta de propósito. Ora, ora, ainda estou sem propósito (risos). Apenas sendo mãe e aprendendo a criar uma nova família, que às vezes sinto, que nem será para o resto da vida...
Já caminhei tanto, e ainda assim me sinto derrotada e um nada... por que será que nunca tá bom? Complexo. Essa alma que eu tenho é muito complexa pra que eu possa entender. Ser um ser humano é muito difícil com essa quantidade de pensamentos questionadores. Espero estar entendendo essas missões e lições de vida. Enfim, como se diz nos centros de reabilitação: "só por mais 24h", "um dia de cada vez", "um pé na frente do outro" e por aí vai...
A gente sempre tem saudade quando tá longe, mas também dói quando tá perto. Tenho que me lembrar disso, que as pessoas que me conheciam, já não me conhecem. Apenas conhecem minha origem e parte de mim e, talvez por isso, as sinta muito especiais para mim.
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