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Saudades de casa.

Quando chega o final do ano, não tenho como evitar o sentimento, que cresce dentro de mim, de saudade da família, eu sei que acabei de voltar do Brasil, mas as festas de fim de ano significam mais quando você está do lado dos parentes. Por sempre ter sido assim, durante toda a minha vida, ainda é difícil me acostumar com a vida adulta e de que eu tenho uma família, mas mesmo assim, não deixo de pensar que se estivesse no Brasil com minha família o Natal sempre permaneceria igual pois iria passar com as minhas irmãs e minha mãe, minha sobrinha, quando você mora na mesma cidade que seus pais ou pelo menos no mesmo estado é invevitável a reunião de todos, ou pelo menos de grande parte, no Natal, onde você possivelmente vai conhecer o noivo da sua prima ou quem será a próxima criança a nascer, tipo que você se atualiza como está o crescimento da família. Aqui o Natal é meio deserto, as pessoas mais importantes para o meu marido já faleceram, o pai adotivo mora no Havaí, a avó em Chicago

Postagem que a gente nunca espera ter que escrever

Estar longe da família e dos amigos é muito difícil, principalmente quando a gente não pode estar junto quando algo inesperado acontece. Esses dias tenho andado muito triste, percebi que não era uma tristeza comum, era o tipo de sentimento que sempre senti quando estava prestes a receber alguma notícia muito ruim e como sempre ela veio... Ontem, liguei meu celular pela manhã e recebo a mensagem da minha mãe, numa frase simples: "Oi minha filha, mamãe morreu". Simples assim, curta assim, demorei um tempo para pensar e processar o que tinha lido e não quis acreditar, a gente nunca está preparado. A minha avó querida, minha segunda mãe, tinha falecido e eu não estava lá para o velório, para dar um último adeus, foi tudo muito rápido, recebi a mensagem e tentei falar com todo mundo, e todo mundo já tava no velório, não teve hospital, não teve IEML, à meia noite ela se entregou aos braços de Deus, era oito horas aqui em Phoenix, e às duas da tarde já estava sendo velada e iria

Coisas chatas

Senti vontade de dasabafar e por isso pensei neste post. Hoje não foi um dia legal para mim, não por coisas ruins, mas por realmente constatar o quanto é difícil fazer amigos pelas bandas de cá. Aqui você pode conhecer pessoas, mas dificilmente vai conectar com elas, como é o meu caso, ou pode conseguir muitos amigos se você for uma pessoa diferente de mim. Sou muito sensível e tímida, para eu conseguir uma amizade é muito raro, pois primeiro a pessoa deve transmitir uma energia de amizade, ou empatia, para que eu consiga me aproximar delas e isso tem sido bem difícil por aqui. Apesar de ter encontrado muitos brasileiros aqui, posso dizer que só fiz duas amizades, uma mudou-se e a outra pessoa mora muito longe, não conheço ninguém possa ser "meu vizinho" e na comunidade brasileira, pelo menos aqui em Phoenix, parece que todos já tem seus grupos formados e se conhecem há muitos anos. Hoje conheci o lado competitivo de brasileiros e brasileiros, o que foi bem chato sentir,

De volta aos EUA

Como passou depressa! Já estou de volta aqui, a essa terra estranha mais uma vez. Aconteceram tantas coisas  quando eu estava no Brasil, tantas coisas que ainda não foram resolvidas. Estive tão atarefada estudando, mas meu desafio ainda não acabou, isso é desanimante, vamos pelos acontecimentos. Fui para o Brasil com o objetivo de terminar meu curso de Arquitetura, já que tive que dar uma pausa para poder ter minha filha e esperar ela crescer um pouco. Concluir esta tarefa não foi fácil, principalmente quando você não tem um computador para usar, eu tenha meu computador capenga do Brasil que eu trouxe do Brasil aqui comigo, mas ele é um pouco problemático, tipo o carregador não pode ser mexido senão ele não carrega, sendo que o carregador original tinha pifado de vez, esse era o segundo, então fiz uma vaquinha com o meu emprego meia boca de intérprete remota e uma ajuda do marido e comprei um notebook novinho em folha, mas... quando cheguei no Brasil meu computador da Dell nada de

Sumida, mas ainda viva!

Dei uma sumida do blog pois muitas coisas me ocuparam, minha vinda pro Brasil e meus estudos na faculdade, desde que cheguei revendo família e amigos e estudando ao mesmo tempo, ainda mais com a minha filha, não tem sido fácil, são poucos momentos de paz. Chegar ao Brasil foi emocionante e estranho, rever o meu país, a minha terra, depois de tanto tempo fora foi estranho, primeiro porque achei aqui tudo diferente e antiquado, depois porque pensei que eu não tinha me acostumado tanto ao modo americano de se viver. Demorou um pouco a me acostumar com o nosso Brasil e ver que nada mudou, pelo menos na minha cidade nada evoluiu, apenas o número de buracos nas ruas e o número de engarrafamentos. Tive que reaprender tudo, reaprender onde estavam as coisas na minha casa, a como dirigir carros não-automático, me acostumar com a falta de máquinas fazendo tudo por mim. Acreditem, a gente esquece. Mas agora que estou mais situada, que o meu país não é mais estranho, que retomei esse sentiment

Friozinho na barriga

"Ai minha Nossa Senhora dos Pedidos Online" faça com que a minha primeira compra pela Amazon.com chegue na minha casa direitinho. Depois de todo o drama com a minha conta bancária deu tudo certo. No dia do meu aniversário, que foi segunda, minha mãe conseguiu transferir o dinheiro para minha conta corrente e eu sacar aqui nos EUA. Como estou precisando de um celular, já que o meu acabou caindo na privada e não prestando mais, resolvi usar esse dinheiro e comprar um todo completo para mim. Comecei a pesquisar e pesquisar preços, com meu marido do lado fazendo uma cara feia, pois eu estava verificando em um só site, aí ele disse para eu procurar reviews de celulares, então eu fiz isso, passei um tempão fazendo isso, enquanto não caía o dinheiro na minha conta, já tinha até desistido de comprar, mas no dia do meu niver deu certo e eu consegui sacar o dindin. Achei um aparelho bacana, mas era o último no estoque, foi só o tempo de colocar o dinheiro na conta daqui e voltar para

Feliz com as coisas boas e entendo as coisas ruins...

Estava esses dias ansiosa para a matrícula na minha universidade começar e finalmente saber o que me espera no Brasil. Estava com medo de que o horário não me favorecesse e eu nunca me formasse. Mas acabou dando tudo certo, as disciplinas que eu precisava fazer não se chocaram e parece que agora vai, mandar bala na monografia e não vacilar nas aulas. Fiquei tão feliz quando minha irmã disse que conseguiu me matricular em tudo, fiquei pulando de alegria e estou pulando até agora. Quando fiquei grávida decidi ficar por aqui e ter minha filha aqui, o que significou perder dois semestres e a chance de me formar, mas minha mãe tinha me dito para eu ir e terminar a faculdade, mas eu fiquei insegura quanto ao horário e o período terminava muito próximo da data do parto, o que não me possibilitava voar, no fim, resolvi ficar e quando vi o horário, que as cadeiras não batiam, fiquei muito triste e com muito medo de ter tomado a decisão errada. E também quando o horário saiu, eu já tinha &quo

O Brasil está próximo

Fevereiro está passando rápido, março já vem chegando e com ele minha ida ao Brasil, rever família e amigos, assim espero, já que todo mundo é tão ocupado o tempo todo. Minha filha já recebeu ambos os passaportes, tanto o brasileiro quanto o americano, as passagens já estão compradas, falta mesmo só arrumar as malas. Esse ano da minha vida não foi nada fácil, me adaptar a outro país, me tornar mãe, aprender a tomar conta da casa (o que ainda está em progresso), fazer novos amigos, conhecer novos lugares, aprender a dirigir aqui e a seguir um mapa, coisas que parecem tão simples na nossa terra, mas que aqui eu considerei como grandes vitórias. Acho que cresci um pouco, estou com menos medo do mundo, acho que encararia viajar para outros países numa boa. Perdi o medo de viajar pelo menos, pois percebi que quando você pesquisa sobre o lugar que quer conhecer tudo se torna mais fácil, melhor do ir sem planejar aí não tem como se perder. Quando chegar ao Brasil vou ter uma ideia do que

Meu futuro não parece nada bom :-(

Estou tentando traçar uma estratégia para minha vida futura aqui, comecei a pesquisar sobre a possibilidade de trabalhar com arquitetura aqui nos EUA e me desanimei. Fiquei bem triste mesmo. Primeiramente, existe a licença para trabalhar aqui, que é caríssima, além da tradução de todos os meus documentos, além do fato que eles têm que fazer uma correspondência de grade curricular com a daqui e apresentar pelo menos 3 anos de experiência! Quase chorei, são tantos papeis, são tantas coisas, tantos anos da minha vida jogados fora! Estou voltando para o Brasil para terminar meu curso e eu pergunto para mim, vale a pena? Ainda não sei a resposta, mas é muito triste ficar por aqui sem trabalhar num emprego decente, que compense toda a sua vida de estudos. Certo que eu tenho uma filha pequena, mas ela um dia vai crescer e o que eu vou fazer com a minha vida? É algo desesperador, tudo aqui é tão caro, estudar é quase impossível. Eu sinceramente, estou perdida num caos. Daqui há alguns dia

Minha Filha já é Brasileira :)

Agora que todos os meus papeis já estão resolvidos, tive que resolver os papeis da minha criança, registrá-la no Consulado Brasileiro e pegar o passaporte. Semana passada fui ao Consulado em Los Angeles fazer isso. Mas resolvi já dá uma adiantada e mandar alguma documentação pelos correios, primeiramente, tem que se fazer a certidão de Nascimento, para tirar o passaporte. Mandei pelos correios os seguintes documentos: * Certidão de Nascimento Americana; * Cópia do passaporte de ambos os pais, ou identidade; * Cópia da Certidão de Nascimento de ambos os pais; * Cópia da Certidão de Casamento. Tudo isso foi no Priority Mail Envelope (Flat Rate Mailing Envelope) para o consulado, detalhe: Não adianta ligar perguntando que eles receberam, porque eles não informam, você tem que checar o tracking number que o correio dá, se no site tiver dito que eles receberam, é porque receberam . Fiquei preocupada com isso, mas quando cheguei lá eles já tinham feito o rascunho da certidão para eu

Tirei minha carteira! Viva!

Depois de muitas tentativas, finalmente passei, já estava me achando uma estúpida por não conseguir fazer a baliza. Vou explicar como é o teste. Você faz a prova escrita, se passar e der tempo você pode fazer o teste de direção no mesmo dia, isso se já souber dirigir, senão fica com o papel que eles vão te dar e começa a praticar com alguém que tem carteira, ou numa autoescola. Eu não fiz a prova de tráfego no mesmo dia, passei um tempinho praticando, mas quando eu fui lá para fazer o teste, reprovei na baliza, você tem três chances de fazer a baliza corretamente, isso se você não bater nos cones, se você ver que vai bater, é só tirar o carro da vaga e realinhar novamente e tentar, eu estava muito nervosa e também não tinha praticado a baliza tanto assim, mas o detalhe foi, coloquei o carro na vaga, tudo certinho e quando estava na vaga eu fui realinhar, movendo o carro para a frente e para trás, que nem eu aprendi na autoescola do Brasil. Só que detalhe, não pode fazer isso, você t